:Workshop debate inovações e técnicas reprodutivas na ovinocultura

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Workshop debate inovações e técnicas reprodutivas na ovinocultura

Paraná amplia mercado e já é referência nacional na organização da cadeia produtiva de ovinos

Tecnologias de inovação, reprodução e sustentabilidade voltadas a uma maior produtividade do rebanho paranaense estiveram em debate nesta terça-feira (9) no 1º Workshop de Reprodução Sustentável em Ovinos, realizado no Recinto Milton Alcover, dentro da programação técnica da ExpoLondrina 2024.

Organizador do setor de caprinos e ovinos da Sociedade Rural do Paraná, Francisco Fernandes Junior destaca que o mercado da ovinocultura tem crescido a passos largos no Paraná, a ponto de o estado já ser referência nacional na organização da cadeia produtiva.

“O Paraná tem uma das cadeias mais organizadas do Brasil na criação de ovinos. O número de abates formais, que são aqueles inspecionados pelos órgãos reguladores, só tem crescido no estado, o que nos torna referência na organização da cadeia produtiva. Isso só fortalece nossa participação no setor de proteína animal, com uma carne com valor agregado tanto para o produtor quanto o consumidor final”, valoriza.

Com o objetivo de despertar no produtor a necessidade de implementar a inovação de forma a elevar os índices reprodutivos de seu rebanho, o workshop abordou a importância dos exames andrológicos nos reprodutores e testes complementares que podem auxiliar na produção, em palestra proferida pelo médico veterinário e professor Flávio Guiselli Lopes, coordenador do curso de medicina veterinária da Faculdades Cristo Rei (Faccrei), de Cornélio Procópio. O médico veterinário Sergio Nadal falou sobre os cuidados e critérios para a seleção e transferência de embriões, e ao final uma mesa redonda em formato de podcast discutiu a seleção de matrizes, com as participações de Nadal, o técnico da Arco (Associação Brasileira de Criadores de Ovinos) Amaro Mendes de Araújo, e o médico veterinário Pedro Ortiz, da Cabanha Cordeiro Medalha.

FERTILIDADE DOS REPRODUTORES

O professor e médico veterinário Flávio Guiselli Lopes pontua que um dos maiores gargalos da cadeia produtiva de ovinos está em melhorar a taxa de fertilidade dos reprodutores, já que fatores como a degeneração testicular é um dos problemas que influenciam o processo reprodutivo. Daí a importância dos testes complementares que podem auxiliar no exame andrológico dos machos para predizer seu potencial reprodutivo antes da estação de monta.

“Podemos utilizar a termografia infravermelha, ultrassonografia, fazer a avaliação de sêmen com análise computadorizada, ou seja, todos esses testes complementares são importantes para auxiliar o médico veterinário no processo de seleção dos reprodutores.”

Lopes destaca que a ovinocultura tem crescido no Paraná por conta de ações de conscientização e investimentos da própria Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) voltados à seleção tanto das matrizes quanto dos reprodutores. A região do Norte do Paraná tem ampliado a participação especialmente na criação das espécies deslanadas, com destaque para as raças Dorper e Santa Inês, que se adaptam mais facilmente ao clima tropical.

“Aqui no Norte do Paraná estão presentes alguns criadores dessas raças que têm uma excelência na seleção das matrizes e também dos reprodutores. Quando você trabalha com as deslanadas já adaptadas na região fica mais fácil atuar na monta controlada e até na indução dessas fêmeas. Nossa ideia é sempre trabalhar com qualidade seminal dos reprodutores para que a gente possa também utilizar o sêmen nas inseminações artificiais, ou seja, biotecnologias de reprodução”, avalia.

TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES

O médico veterinário Sergio Nadal explica que a transferência de embriões na ovinocultura tem importância vital na multiplicação dos rebanhos porque, diferente da inseminação artificial, voltada à reprodução dos machos, é uma técnica direcionada à multiplicação das fêmeas. “Se você tem um rebanho ou animais de alto padrão genético é muito fácil aumentar o rebanho e multiplicar muito rápido essas ovelhas de alto padrão. Basicamente a grande função da transferência de embrião seria a multiplicação de fêmeas de alto valor ou aumento rápido de rebanho”, afirma.

Por envolver animais de alto valor, o especialista pondera que é necessário seguir pré-requisitos importantes para que a técnica seja bem-sucedida e não passe a ser um problema, com alto custo e pouca produção. “São multifatores que levam a uma boa transferência, tem a sanidade do animal, o fator genético, para ver se as ovelhas se prestam a essa transferência, porque têm animais que não respondem ao tratamento laboratório. Além disso, tem que haver manejo, meio ambiente adequado e uma boa nutrição”, detalha.

Nadal diz que eventos como o workshop promovido pela ExpoLonrina são importantes para difundir as novas tecnologias envolvendo a reprodução para a melhor produtividade da cadeia. “É sempre bom um evento numa feira grande como essa para difundir a tecnologia e criar expectativa tanto nos produtores como nos estudantes e demais interessados no assunto. Existem essas técnicas e elas são fáceis de serem aplicadas, basta realizá-las de forma adequada.”

Sobre a maior participação paranaense na ovinocultura nacional, Sergio Nadal diz que o estado vem ganhando espaço por ter uma genética de qualidade na produção de carnes com a criação de raças de alto padrão. Ele lembra que a proximidade com o estado de São Paulo, maior mercado consumidor, e o foco na produção de ovinos deslanados colocam o Paraná em boas condições de competitividade no cenário nacional.

Mini cursos tratam da reprodução sustentável em ovinos

Tradicional na programação dos eventos técnicos da ExpoLondrina, os mini cursos voltados à ovinocultura também estão presentes na edição deste ano. Nesta terça-feira (9), ocorreram duas atividades simultâneas no Parque Ney Braga no período vespertino. Na Casa dos Ovinos, o médico veterinário e professor Flávio Guiselli Lopes abordou o exame andrológico para a reprodução sustentável em ovino com a utilização de cinco machos das raças Dorper e Santa Inês. 

“A gente se preocupa muito com as fêmeas na parte da reprodução, mas deixa os machos um pouco de lado, então é importante para a gente fazer essa seleção, predizer o potencial reprodutivo dos machos antes da estação de monta”, explica, destacando que os mini cursos já ocorrem na programação da Expo há mais de dez anos.

E na pista central do parque, o técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arco), Amaro Mendes de Araújo, explicou como selecionar matrizes e reprodutores ovinos, também com cinco animais, entre machos e fêmeas. “É importante o produtor e o estudante aprender a selecionar o animal para melhorar a qualidade do rebanho”, apontou o organizador do setor de ovinos e caprinos da Sociedade rural do Paraná, Francisco Fernandes Jr.

Ambos os eventos são destinados a produtores, veterinários, zootecnistas e estudantes das áreas afins, além do público em geral.

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Fonte: Diego Prazeres
Por: Redação
Data: 15/04/2024 11h45min

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