:Um terço das empresas vai parar para assistir aos jogos do Brasil na Copa

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Um terço das empresas vai parar para assistir aos jogos do Brasil na Copa

Paradinha para torcer pela seleção

Empresas devem fazer dos jogos da seleção no Mundial uma oportunidade para integrar os funcionários e melhorar a produção

Com a seleção em campo na Copa do Mundo, difícil um brasileiro que não pense em outra coisa senão no desempenho da equipe. Sabendo disso, boa parte das empresas liberará os funcionários para assistir às partidas do Brasil no Mundial da África do Sul a partir de 11 de junho.

Levantamento da empresa de recursos humanos Curriculum com 1.090 empresas de todo o país aponta que 33,7% delas liberarão seus funcionários para assistirem aos jogos da seleção, enquanto que 19,8% manterão a linha de produção durante as partidas e 46,5% ainda não pensaram a respeito. Das que vão dispensar, 55,2% aproveitarão a oportunidade para fazer uma confraternização entre seus colaboradores. “Os jogos da Copa são uma excelente oportunidade para as empresas melhorarem a integração de seus funcionários, melhorando o clima organizacional”, afirma o presidente da Curriculum, Marcelo Abrileri.

A especialista em gestão de recursos humanos e professora da Fae Centro Universitário Nancy Malschitzky afirma que, ao contrário do que se possa imaginar, a parada não gera prejuízo à produção. Pelo contrário, pode trazer resultados positivos para as empresas. E não só durante a Copa. “Isso ajuda muito no comprometimento dos funcionários. Se a empresa libera os funcionários nos jogos, depois, quando precisar aumentar a produção, por exemplo, ela sabe que poderá contar com o engajamento de todos. Funciona como uma compensação”, explica a especialista.

É dessa forma que pensa a diretoria da Wap, fabricante de lavadoras de alta pressão instalada em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Nos próximos dias, a empresa vai instalar um telão na linha de produção para que todos os 109 funcionários acompanhem a equipe de Dunga na África.

Durante os jogos, os funcionários receberão um kit para torcer, com bexigas, cornetas e bandeiras, além de pacotes de pipoca. Pelo planejamento da fábrica, os funcionários serão liberados 15 minutos antes das partidas, retornando à produção dez minutos depois do fim.

Segundo a diretora de marketing da Wap, Édla Pavan, terá de haver um rearrajo no planejamento para que a produção não seja prejudicada. O que não será nada difícil, segundo Édla, pelo próprio reconhecimento dos funcionários com a atitude da empresa. “Pior seria proibir e ter queda na produção, porque ninguém estaria com a cabeça no trabalho com o Brasil em campo”, argumenta.

O supervisor de produção da Wap, Rubens Mendonça do Nascimento, diz que a proibição não seria prejudicial apenas à produção. “Se tivessem que trabalhar durante os jogos, a maioria acompanharia os jogos com um fone no ouvido ou traria uma tevê de casa. E aí a atenção iria embora, aumentando o risco de acidentes”, explica.

Um dos que daria um jeito de ver os jogos seria o auxiliar de produção Vanderlei da Silva Ribeiro. “Se fosse proibido, eu acataria. Mas com o meu radinho ligado. Não deixo de acompanhar um jogo da seleção na Copa por nada”, enfatiza Silva, que, se pudesse mesmo, assistiria a todas as partidas do Mundial – não só as do Brasil.

Indústria

Benefício não chega a atrapalhar a produção

Assim como os feriados, no Brasil, Copa do Mundo é data obrigatória no planejamento das empresas, principalmente da indústria. Segundo o coordenador do Departamento Econômido da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Maurílio Schmitt, já é natural da indústria brasileira adaptar as programações de produção a cada quatro anos. Tudo para que ninguém fique sem ver a seleção.

O economista afirma que a paralisação da produção durante os 90 minutos de cada partida não gera prejuízo algum à produção das empresas e nem impacto na economia. “Claro que há setores que não podem parar de jeito nenhum. Um forno industrial, por exemplo, vai funcionar com ou sem o Brasil em campo. O importante é haver um planejamento para que o tempo liberado para assistir aos jogos depois seja recuperado e não afete a meta de produção”, afirma.

Schmitt ainda enfatiza que outras realidades brasileiras – tão típicas quanto acompanhar a seleção na Copa – atrapalham muito mais a economia. “Um evento com data marcada não prejudica, O que prejudica mesmo é a falta de infraestrutura, repiques inflacionários, falta de crédito...”, elenca o economista da Fiep.

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Fonte: Jornal de Londrina
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 18/05/2010 11h35min

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