:Conceitos de Saúde Única são debatidos em Simpósio de Pequenos Animais

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Conceitos de Saúde Única são debatidos em Simpósio de Pequenos Animais

Quando se fala em saúde de pequenos animais é fundamental olhar para a saúde humana e para o meio ambiente. “Há uma interdependência entre humanos e animais e não há como pensar em um futuro saudável sem ações que envolvam todas essas áreas”, afirma a médica veterinária Isabela Lembi, que falou sobre Conceitos de Saúde Única na clínica veterinária de pequenos animais e como implementá-los na América Latina, durante o IV Simpósio de Pequenos Animais da ExpoLondrina.

O conceito de Saúde Única, lembra Isabela, já existe há alguns anos, mas ganhou força com a pandemia da covid-19, tanto pela questão da origem do vírus como pelo fato dessa doença poder chegar aos pequenos animais. Na sua avaliação é urgente falar sobre zoonoses, que são doenças que podem ser transmitidas para humanos e para animais ou de animais para humanos. Há várias doenças, elenca a especialista, que preocupam e precisam de atenção. Entre elas, a leishmaniose, a leptospirose, a febre maculosa e a raiva.

“O controle da raiva precisa ser debatido, as pessoas precisam se conscientizar, precisamos fazer campanhas, pois existem casos de raiva em humanos, em animais e ainda há registros de mortes por essa doença. A febre maculosa, transmitida pelo carrapato, é outra situação grave porque uma simples picada pode infectar o animal e o humano num mesmo ambiente”, lamentou a veterinária.

Para Isabela, o médico veterinário é o profissional mais preparado para atuar nesse contexto de Saúde Única porque tem a formação em saúde pública. Mas há um caminho longo pela frente, segundo ela, por causa da necessidade de conscientizar tanto estudantes e médicos veterinários quanto a população sobre esse tema. “Precisamos integrar as duas medicinas (humana e animal) para conseguirmos avançar na erradicação de algumas doenças”, ressaltou.

Cabe ao médico veterinário conscientizar tutores, apresentar sempre as informações de forma clara e todas as possibilidades de cuidados e tratamentos, incluindo vacinação adequada e uso de piretróides tópicos para combater algumas zoonoses. “Os tutores não têm a obrigação de saber. É função dos médicos veterinários passar as devidas informações”, ressaltou. Um levantamento apresentado por Isabela mostrou que os tutores não possuem informações sobre fontes, vias e riscos de exposição a zoonoses. Outro estudo, que entrevistou 424 tutores, apontou que a maior parte deles não tinha nenhum conhecimento sobre zoonoses e apenas 9% havia recebido algum tipo de informação em conversas com os veterinários de seus animais.

Sobre a “integração” entre as medicinas humana e animal e a importância do médico veterinário como agente de saúde pública, Isabela citou um caso de uma gata que havia sido encaminhada para o veterinário com sintomas como dificuldade respiratória, emagrecimento e dificuldade para andar. Durante a anamnese, a tutora também apresentou sintomas de tosse e contou que estava com problemas respiratórios há meses e que havia encerrado há pouco um ciclo de quimioterapia. Após os devidos exames, a felina teve o diagnóstico de criptococose e a tutora comentou que morava perto de uma praça onde havia muitos pombos e a gata passeava sempre por ali. A veterinária fez uma carta para a médica que acompanhava a tutora no seu tratamento de câncer e a mesma também foi diagnosticada com criptococose.

O evento

Flávio José Lopes, médico veterinário, sócio da SRP e coordenador do Simpósio, reforçou que o objetivo do encontro é apresentar novidades e contribuir para a capacitação e atualização de estudantes e profissionais da área por meio desses eventos técnicos. Lopes ressaltou que essa área de pequenos animais está bem e segue crescendo, por isso a importância de realizar um evento como esse. “É uma oportunidade de estudantes e profissionais também estarem mais próximos de empresas do setor”, frisou.

Luigi Carrer Filho, Diretor de Pecuária da SRP, acrescentou que o Simpósio é importante para apresentar as novidades do setor e mostrar que na Rural há espaço para os pequenos animais também. “Muitas pessoas têm a ideia de que aqui na Expô só existem animais de grande porte, como equinos, bovinos, caprinos, animais de produção. Mas há também espaço para os pequenos animais, seja na parte de apresentação de conhecimento técnico como na presença deles aqui na feira”, concluiu.

Também participaram do IV Simpósio de Pequenos Animais o médico veterinário Rodrigo Jesus Paolozzi com a palestra “Trombocitopenia no hemograma. E agora? Erlichia?”; a médica veterinária Mila Bocchese com o tema “PEA e o Sistema Endocanabinóide”; a médica veterinária Lessandra Niehues Maikuma falando sobre “Anestesia Contemporânea: O que mudou?”; e a médica veterinária Helena Alonso Panho, que trouxe o tema “Controle da dor articular em cães – Uma nova terapia na medicina veterinária”.

 

Fotografia: Lunnarty Souta

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Fonte: Expo Londrina
Por: Reda��o
Data: 15/04/2023 23h55min

Hospital do Câncer de Londrina


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