:Challenge Smart Agro conecta startups com grandes empresas

Challenge Smart Agro conecta startups com grandes empresas - TV Na Rua CornelioDigital Challenge Smart Agro conecta startups com grandes empresas - TVNaRua Cornelio Digital - Notícias, Eventos e Entretenimento
Challenge Smart Agro conecta startups com grandes empresas

A ExpoLondrina 2023 sediou nesta quinta-feira (13), no auditório Gerando Valor, a segunda edição do Challenge Smart Agro, que reuniu 20 grandes empresas com 20 startups para realizar rodadas de negócios com o foco na inovação aberta e na promoção do crescimento e acesso a novos mercados de micro e pequenas empresas de base tecnológica. O consultor do Sebrae Paraná, Lucas Ferreira, ressaltou que o evento passou a ser realizado anualmente na ExpoLondrina e proporciona às startups que estão ofertando soluções tecnológicas para o agronegócio uma vitrine para as grandes empresas que também atuam no setor do agronegócio. “Essas grandes empresas são demandantes por inovação e tecnologia. A gente consegue fazer essa rede de contatos e essa troca entre os pequenos empreendedores de base tecnológica e as grandes empresas do agro na geração de novas soluções para que juntas possam desenvolver outras ferramentas que melhorem o processo produtivo do agronegócio.” 

Ele ressaltou que o Challenge possibilita concentrar em um período curto várias oportunidades que as startups teriam muita dificuldade em conseguir reunir sozinhas. “A gente traz representantes tanto da área de negócio, quanto da área de inovação e tecnologia dessas grandes empresas para que eles possam apresentar a base de tecnologia que eles estão pesquisando e quais são os segmentos que eles atuam. Nessa aproximação, eles conseguem depois agendar outras reuniões de negócio. No mercado tradicional, essas startups demorariam meses para conseguir fazer contato com tantas empresas como a gente proporciona aqui de uma vez.” 

O analista Hugo Soares Kern, da Embrapa Soja, ressaltou que a Embrapa tem trabalhado com startups há cinco anos por meio de desafios e editais próprios e participar do Challenge na SRP é importante para saber o que as startups estão apresentando para saber se há oportunidade de parceria e conhecer outras empresas que estão trabalhando nisso, para poder gerar uma parceria e trazer para outros trabalhos que a Embrapa desenvolve. “O nosso objetivo maior é o codesenvolvimento atrelado à inovação. É um pouco mais do que validar tecnologia pronta.” Ele explicou que, em uma rodada de negócios como essa, em que só há seis minutos de conversa com cada empresa, a principal orientação para as startups é passar o objetivo primeiro, qual o público alvo e, no primeiro momento, apontar qual a dor que a solução resolve. “A gente tem visto muita solução sendo apresentada sem um trabalho prévio de entender o que o produtor precisa.” 

Outro participante do Challenge é João Américo Macori Barbosa, CEO da Dioxd tratamento de sementes. “Somos uma startup que desenvolveu uma solução de tratamento de sementes com gás carbônico para extrair o potencial genético delas e aumentar a produtividade em campo de soja, feijão, milho e algodão.” A startup desenvolveu um equipamento portátil que consiste em dois caladores (espetos) dentro do bag para fazer a liberação dos gases e outro com conjunto de sensores para monitorar concentração de gases, temperatura e umidade, diminuindo concentração de oxigênio e alterando o processo de troca de gás da semente. “A gente consegue gerar aumento de até 12% da produtividade. Na safra passada a gente está com média de 4,8 sacas a mais de produtividade por hectare.”  Ele ressaltou que a ideia surgiu quando ele estava no 7º ano do fundamental II do colégio Londrinense e foi elaborado para a feira de ciências. “Toquei esse projeto até o início da graduação, coloquei em um plano de negócio, coloquei no Hackathon da ExpoLondrina de 2019 e fomos uma das startups premiadas. A partir disso começou a transição de pesquisa para negócio e hoje atendemos todos os Estados do Brasil e geramos na última safra 30 milhões de lucro usando nossa tecnologia.” 

Gustavo Leme, da Trace Pack, é de uma startup participante e expôs aos demais a sua empresa, que faz a gestão operacional das máquinas agrícolas. “A gente coloca um computador de bordo na máquina e mais um tablet para o operador gerar as informações para a central e ela transfere todas as informações por satélite e o produtor rural tem todos os dados na palma da mão.” Ele ressaltou que a tecnologia realiza um trabalho de filtragem dos dados pelo computador de bordo para que apenas as informações mais relevantes sejam transmitidas pelo satélite. 

A solução já tem sido utilizada em parceria com a Cooperativa Integrada. O assistente técnico da cooperativa, João Vitor Liachi Cobianchi, afirma que a Integrada já faz parte da Cocriagro (Hub de inovação sediado no Parque Ney Braga) e já tem contato com algumas startups. “A gente tem feito parcerias com a Trace Pack, que está participando dessa rodada de negócios. A gente tem feito dias de campo para jovens produtores em parceria com a Trace Pack na região da Integrada. A possibilidade de negócios é real e já está acontecendo.” 

O sócio da BRS Partners, Tony Saad, foi um dos palestrantes do evento. A sua empresa foi fundada em 2010 e hoje atua em todo o território nacional na aquisição de empresas, na fusão e parcerias, na venda total e parcial e na captação de recursos. “Existe um caminho gigantesco dentro do agro para quem descobrir problemas dentro do agro e apresentar soluções. Segundo ele, a maioria das startups têm as mesmas ideias, mas não significa que aquela ideia, dentro de uma aceleradora ou dentro de um ecossistema, vai continuar travada, é engessada. A Trace Pack, por exemplo, começou com rastreamento de embalagens de defensivos agrícolas e hoje ela é uma empresa voltada para localização e rastreamento de outros produtos. Ela mudou toda a cara dela aqui dentro.”

Ele ressaltou que existe a hora certa de investir, mas o mais importante é a hora certa da startup receber esse investimento e também como receber. “Quando ele recebe o investimento, ele deixa de ser dono do negócio dele, muitas vezes para ser empregado de uma grande corporação ou empregado do próprio negócio.  Com o auxílio de uma empresa como a nossa, a gente consegue equilibrar essas partes para que o idealizador da startup continue voando. A gente não quer colocar uma âncora nela.”, ressaltou Saad. 

Outro participante do evento foi o agrônomo Matias Santipolo, da Gaia Agrosolutions. A startup possui uma empresa incubada na Intuel (Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da UEL), que fornece soluções biológicas para o mercado. “Hoje estamos lançando um bio adjuvante, uma tecnologia única no Brasil. Apenas duas empresas no mundo possuem tecnologia similar, que é feito por fermentação microbiana.” Ele explicou que o produtor rural atualmente utiliza adjuvantes de nonilfenol, que são altamente tóxicos para as pessoas, porque são indutores endócrinos e causam câncer. “Outros adjuvantes existentes no mercado possuem origem do petróleo, que acabam tendo impacto ambiental ou impacto sobre a cultura. Há também adjuvantes de casca de laranja, chamados d-limolenos, que são antibacterianos, mas hoje, com o mercado crescendo 40%ao ano, e um dos objetivos é desenvolver bioinsumos, não pode utilizar adjuvante antibacterianos, porque mata antes de atingir o seu alvo.”

Régis Marangoni, do Sicredi, elogiou o Challenge. “Aqui a gente encontra novas iniciativas que podem gerar e agregar bastante produtividade para nossos associados rurais. Têm várias ideias interessantes e há possibilidades de vários negócios.”

 

Fotografia: Rubem Vital

Visualizações 57
Fonte: Expo Londrina
Por: Reda��o
Data: 15/04/2023 23h19min

Hospital do Câncer de Londrina


CONTATO
[email protected]
[email protected]
(43)99920-1893



TV Na Rua / CornelioDigtal / BandDigital- 2006 - 2023