:Polícia derruba “mensalinho” na Prefeitura de Luiziana; procurador jurídico é preso

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Polícia derruba “mensalinho” na Prefeitura de Luiziana; procurador jurídico é preso

Procurador jurídico de Luiziana Thiago Slongo ( de jaqueta preta) foi preso na manhã desta quarta-feira (18) (Foto: Fábio Linjardi/RPC

Foram cumpridos 19 mandados judiciais – sendo nove de prisão temporária e dez de busca e apreensão.

O procurador jurídico da Prefeitura de Luiziana, no centro-oeste do Paraná, e mais oito pessoas foram presas, na manhã desta quarta-feira (18), em uma operação da Polícia Civil contra suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção no órgão.

O procurador jurídico do município Thiago Slongo, que também é sobrinho do prefeito Mauro Slongo (PDT), e ex-secretários e ex-diretores municipais são suspeitos de participar do esquema, de acordo com a Polícia Civil.

 Os investigados são :

Thiago Slongo
João Carlos Ribeiro
Noé de Oliveira
Gisele Aparecida Costin Tasca
Rogério Machado da Silva
Célio da Silva
Fernanda Erica de Assis Alves
Aline Santana
Edson Liss
A ação cumpriu nove mandados de prisão temporária, que tem duração de cinco dias, e dez mandados de busca e apreensão.

A Polícia Civil afirmou que a ação criminosa era operada por Thiago Slongo. O advogado dele, Anderson Carraro Hernandes, informou que ainda não teve acesso ao processo e, portanto, não irá se manifestar.


 
O advogado Andrey Legnani, representante da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campo Mourão, outro município do centro-oeste, acompanhou a prisão de Thiago Slongo e disse que o procurador pediu sigilo de informações.

Nossa fonte tenta contato com a Prefeitura de Luiziana.

Segundo a investigação do Núcleo de Combate a Crimes Econômicos (Nurce), há indícios de "mensalinho" na cidade, que tem cerca de 7,5 mil habitantes.

O que dizem as defesas

O advogado Anderson Carraro Hernandes, que também defende João Carlos Ribeiro, Noé de Oliveira, Gisele Aparecida Costin Tasca, Rogério Machado da Silva e Célio da Silva, informou que ainda não teve acesso ao processo e, por este motivo, não vai se manifestar.

Fernando Rogério Ferraz Jorge, que defende Fernanda Erica de Assis Alves, também disse que não vai manifestar.

O advogado Edmundo Santana, que defende Aline Santana, informou que não vai se manifestar porque ainda não teve acesso ao processo.

O investigado Edson Liss ainda não tem advogado constituído.

Caixa 2

A suspeita do Nurce é que o dinheiro arrecadado ilegalmente foi para a campanha de reeleição do prefeito Mauro Slongo. O chefe do executivo municipal não é alvo de nenhuma medida judicial, conforme a Polícia Civil.

"Todos os ouvidos até o momento falavam que acertavam diretamente com o Thiago", justifica o delegado do Nurce, Renato Figueiroa.

De acordo com a Polícia Civil, as provas coletadas apontam que alguns servidores públicos eram obrigados a devolver parte de salário para um caixa 2.
 
Os funcionários que aderiam ao esquema, segundo a polícia, contavam com cargos de confiança ou gratificações. Dois ex-funcionários confessaram à polícia que repassaram os salários ao procurador jurídico.

O afastamento do sigilo bancário dos servidores suspeitos foi pedido, ainda segundo a Polícia Civil, tendo como base os relatos e confissões de envolvidos.

Com essas informações, o Laboratório de Lavagem de dinheiro da Policia Civil fez um relatório. A análise das contas bancárias, conforme a Polícia Civil mostrou indícios do esquema operado entre os anos de 2013 e 2016.

As suspeitas, conforme a polícia, são de associação criminosa, corrupção passiva e corrupção ativa.

Operação Talha

A investigação, de acordo com a Polícia Civil, começou há um ano, após o Nurce receber uma representação da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

A operação recebeu o nome de "Talha" em referência ao tributo ou parte da produção paga pelos vassalos ao senhor feudal.

Cerca de 40 policiais civis cumprem os mandados judiciais desde as 6h. Além da prefeitura, a polícia também está cumprindo mandados de busca em residências dos suspeitos que estão com a prisão decretada. Os mandados foram autorizados pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná.

Os presos serão encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Campo Mourão.

Eleições

Mauro Slongo foi reeleito em 2016 com 51,26% dos votos, ou seja, 2.514 eleitores.

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Fonte: Odair Matias
Por: Redação
Data: 19/04/2018 10h59min

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