:Exorcista oficial anglicano: 'Satí existe'

Quando acontece um fenômeno que ninguém consegue explicar, Ã© hora de chamar o padre Tom Willis. Ele é o exorcista oficial da Igreja Anglicana na diocese de York, no interior da Inglaterra. Aos 76 anos de idade, ele já testemunhou casos que ficaram sem explicaçío. Willis conta que seu trabalho de exorcista começou com sua curiosidade a respeito de fantasmas.

"Sempre me interessei em saber se fantasmas existem ou nío. Uma vez, fui procurado por uma mulher que nío sabia se estava tendo um colapso nervoso ou se vivia numa casa mal-assombrada. Descobrimos que um suicí­dio tinha ocorrido na casa. Rezamos. E tudo parou", relata. 

Certa vez, o religioso diz ter presenciado a saí­da de um espí­rito impuro do corpo de um dos possessos. "Quando eu estava tentando acalmar os moradores de uma casa onde coisas estranhas aconteciam, uma corrente elétrica de repente passou pelo meu corpo. Meus braços se uniram. Minha cabeça foi para trás. Meus joelhos se juntaram. Eu nunca tinha levado um choque elétrico tío forte. Em um segundo, o rapaz deu um suspiro. í‰ como se uma energia tivesse atravessado nosso corpo e ido embora."

O padre diz que, com base nos relatos bí­blicos, nío há motivo para duvidar da existência do Demônio. "Jesus dizia, fortemente, que Satí existe. Falou sobre Satí, o pai das mentiras. Pediu a seus discí­pulos que mantivessem o demônio distante", argumenta. "Nío há um choque entre a boa ciência e a boa religiío, porque ambas procuram a verdade. Já vi psiquiatras que testemunharam assombrações. A ciência e a religiío podem concordar quando há algo estranho", defende.

O exorcista faz uma ressalva importante: a Igreja Anglicana sí autoriza o exorcismo quando tem certeza de que nío se trata de um problema psicolígico. O padre defende o ritual com um argumento simples: diz que o exorcismo sí pode fazer bem. Para ele, no fim do procedimento, os que sío exorcizados se sentem livres de um peso. "Nís sentimos que as pessoas ficam tremendamente aliviadas quando elas príprias ou suas casas ficam livres da presença de algo. Depois de tudo, elas me parecem felizes", conta o religioso.

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Fonte: G1
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 06/08/2007 15h56min